segunda-feira, 31 de março de 2008

Cinema - "Piaf - Um Hino ao Amor" , cantado e emocionado!

Júlia Pedro

Edith Giovanna Gassion, mais conhecida como Edith Piaf, (1915 – 1963) foi uma cantora francesa de música de salões e cabarés, mas foi reconhecida internacionalmente pelo seu talento no estilo francês da chanson. Seu canto expressava claramente sua trágica história de vida. Na infância, foi abandonada doente pela mãe, abrigada no prostíbulo da avó e levada ao circo pelo pai contorcionista. Na adolescência, sua sorte parece mudar quando um empresário a convida para ser atração de sua boate, depois de vê-la cantar na rua. Mas ele é morto no submundo parisiense, e ela volta à miséria. Adulta, conhece o sucesso, mas enfrenta problemas com drogas e doenças diversas, além da perda de um grande amor, o boxeador Marcel Cerdan.

O diretor Olivier Dahan conta a vida de Edith como um quebra-cabeça, com um constante vaivém entre diferentes épocas e lugares, no qual cada peça é uma pequena tragédia, a não ser aquelas que mostram Piaf cantando. Durante todo o filme seus maiores sucessos são cantados em som original da cantora, o que dá mais emoção a quem assiste. Algumas músicas foram colocadas como ilustração de algumas cenas. Mas as cenas de palco foram presenteadas com seus maiores sucessos. Entre vários estão "La vie en rose", "Hymne à l'amour", "Milord" e um de seus clássicos mais populares, "Non, je ne regrette rien".
A trajetória da cantora, interpretada por Marion Cotillard, tem uma abordagem especial e fiel. O filme é tocante e leva o público muitas vezes às lágrimas. Em grande parte, pelo trabalho excepcional de Cotillard.

"Marion interpreta Edith Piaf de maneira comovente por seu realismo, emoção e paixão. Sua interpretação reaviva diante de nossos olhos, a trajetória daquela que deu à canção seu título de nobreza e de autenticidade". – homenageia, emocionada, uma expectadora.



Site Oficial do filme: http://www.edithpiaf.com.br/

terça-feira, 18 de março de 2008

Onde os fracos de estomago não tem vez

Ivoneth Merlin
“Onde os fracos não tem vez” história adaptada da obra de Cormac McCarthy é uma história violenta. O filme abre com a prisão de Anton Chigurh ( Javier Barden, ganhador de melhor ator coadjuvante ). Entre seus pertences, um cilindro de ar comprimido, que não demora para que se entenda como funciona, e para quê.

Paralelamente, se acompanha Llewelyn Moss ( Josh Brolin) no descampado texano, caçando cervos. O fato de Llewelyn errar o tiro e não conseguir abater o animal ao mesmo tempo em que Chigurh vara o cérebro de sua vítima sem deixar provas é o primeiro dado que o filme dá ao espectador para evidenciar o abismo que separa os dois personagens. O assassino perfeito versus o errante sujeito sem dons, e o suspense começa quando o primeiro passa a perseguir o segundo. E na cola deles esta o xerife local interpretado por Tommy Lee Jones. O enredo cheio de tensão e cenas sangrentas revela como a natureza humana pode ser cruel. Ora digna de dar pena. Ganhador do maior prêmio da noite na entrega do Oscar, o de melhor filme, “Onde os fracos...” está seguindo a mesma trilha dos outro filme ganhador dos últimos três anos: todos eles são histórias cruas e não poupam a sensibilidade da platéia mostrando cenas às vezes chocantes sem dó, nem piedade. Crash – Sem limites, ganhador de melhor filme em 2006, mostrava de forma nada sutil o racismo e o preconceito que ainda faz parte do cotidiano norte-americano, enquanto o ganhador do ano passado, “Os infiltrados” mostrava um jogo de gato e rato entre um policial que finge ser bandido e um bandido que finge ser policial. Parece que a academia vem deixando de lado os filmes de época, com pegadas românticas e cenas meticulosas – dois desses exemplos de filmes nesse estilo foram os esquecidos “Desejo e Reparação”, para muitos críticos um dos favoritos a ter ganhado o premio de melhor filme, e “Elizabeth – A era de ouro” – dando lugar a obras mais pesadas, onde só os mais fortes de estomago vão conseguir agüentar assistir.

Centro de Movimento Abre as Portas para Novos Alunos

Ivoneth Merlin
Há quase quatro anos o Centro de Movimento Deborah Colker abriu suas portas para ensinar e aperfeiçoar a arte da dança, seja ela clássica, moderna ou experimental, a qualquer um que se interessasse pelos seus variados cursos. A casa, de 1.400 metros quadrados, que há pouco tempo passou por reformas e retoques no acabamento, é um deslumbre. Por três andares, espalham-se três amplas salas de aula. Na parte da frente, a construção vai abrigar a escola, com direito a um café, biblioteca e videoteca. Atrás, fica o espaço destinado à companhia. Há ainda lugar para a parte técnica: cenografia, figurinos e, claro, área administrativa. Inaugurado em 29 de novembro de 2005, num antigo casarão da Rua Benjamin Constant, 30, na Glória, o Centro de Movimento Deborah Colker se tornou à nova sede da sua companhia e também o local onde se encontra futuros talentos a serem aproveitados até mesmo na própria companhia.

“É uma chance única. Me sinto muito orgulhosa de ter recebido essa chance. Coisas assim não caem do céu”.Essas foram às palavras da jovem bailarina Andréia Eloar, baiana de 25 anos, que foi convidada, depois de uma apresentação, a fazer um workshop sobre dança contemporânea na escola da coreógrafa. “Será uma ralação danada. E não espero menos. Vou estar ao lado dos melhores e quero aperfeiçoar a minha técnica mais e mais. E sei que no Centro de Movimento terei essa chance”, diz ela se mostrando nervosa e ansiosa para o começo dos cursos nesse começo de Março.

Através da sua assessoria de imprensa, Deborah Colker comentou: nesta escola queremos pensar movimento, experimentar movimento, disciplinar, conscientizar, respirar e sensibilizar o corpo que pensa, muda, sente; que dança.


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